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A agonia no jardim

  • Nostram Salutem
  • 18 de jul. de 2015
  • 1 min de leitura

"Torrentes iniquitatis conturbaverunt me!"


As iniquidades do mundo inteiro, como rios transbordados, precipitaram-se no mar do Meu coração.


O ideal do Amor, enfim, contente, repleto de venturas, satisfeito, eis a Agonia no Jardim: o primeiro, o maior e o mais misterioso dos episódios da Paixão.


O primeiro, porque na ordem do tempo, de modo exterior e visível, ele a começa; o maior, porque ele reitera todas as imolações do Homem-Deus, desde o primeiro vagido do Presépio até ao derradeiro gemido do Calvário; o mais misterioso, não só porque ele antecipa todos os sofrimentos corporais da vítima, mas também porque, onde os olhos da carne não vêem mais que uma luta, um combate, uma agonia, os olhos iluminados da fé contemplam a suprema ventura do Amor.


Eu vos disse anteriormente que, obra de Deus, a Cruz é a obra prima da alegria.


Obra de Deus neste sentido: conquanto os opróbrios, as ignomínias, os sofrimentos todos de Jesus Cristo fossem resultado da perversidade judaica, verdadeiros pecados do povo deicida, o Filho de Deus ab-oeterno aceitou-os, ab-oeterno resolveu tirar da iniqüidade a Sua glória, convertendo em instrumentos de Seu triunfo as humilhações da Sua Paixão.


Foi voluntariamente que Jesus Cristo Se sacrificou: oblatus est quia ipse voluit.


Extraído do livro "A Paixão" do padre Júlio Maria, C.SS.R. 1936

 
 
 

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